quarta-feira, 4 de março de 2009

Absolutamente ficcional (com pouca qualidade)

Meus poderes acabaram e eu não posso mais te ajudar. Eu não quis te fazer infeliz, foi tudo uma leve brincadeira que acabou por me fazer descobrir o quanto eu não sirvo para você. Como eu queria te envolver agora, te falar o que eu sempre quis, o que eu já deveria ter dito há tempos. Mas não posso, estou sem poderes. É uma impotência que me domina, me faz deitar na relva e rolar por horas, sem notar as folhas que grudam nos meus cabelos e as joaninhas entrando na minha boca. Porque eu já não tenho domínio sobre mim. Já não tenho mais sentidos, não tenho pele, não tenho olhos, não tenho cérebro. Meu cérebro foi corroído pela minha falta de poderes. Eu não posso mais pensar em você. Queria te ajudar, mas estou precisando de ajuda. Preciso de água para tentar me reconstituir. Talvez o agá-dois-ó tenha me feito falta nesses dias. Não tenho comido, não tenho ingerido qualquer espécie de líquido. Não sinto fome nem sede, não sinto ternura, não sinto amor, raiva, pena ou sentimento de vingança. E nem quero; só queria sentir uma coisa: vontade de te ajudar. Assim eu também me ajudo e, talvez, ganho algum valor - se eu já tive algum, perdi há tempos. Não por vontade minha. Foi por vontade dos outros; foi obra dos outros.

2 comentários:

Anônimo disse...

você virou uma brita!

Rebeca Ribeiro disse...

Olá mocinha... Há também um bom tempo que eu não passo por aqui! Mas também você fez como eu: meses sem postar.

Eu concordo com você no que diz no post anterior: Alegria não inspira ninguém.

Espero (desejo profundamente) que você ainda esteja feliz, apesar de ter achado o seu texto fantástico. (o que me faz desconfiar que a fonte de inspiração já se esvaiu...)

Obrigada pelo comentário do meu conto surreal. Eu, sinceramente, não gostei tanto assim dele. Já falei com a Katrine, e repito pra você: parem de puxar meu saco! (risos) Senão vou acabar achando que levo jeito pra coisa! rs..

Abraços!