sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Comédia Eleitoral Gratuita

Eu não sei em quem votar. Confesso que achei que sentiria orgulho em votar pela primeira vez, e hoje, analisando as propostas e os currículos sujos dos candidatos, não sei em quem votar. Um dos candidatos é o prefeito atual, com ficha suja na justiça, visível corrupto. Ganhou a eleição comprando votos descaradamente. No poder, surrupiou os cofres públicos, e contratou sua corja, bandidos conhecidos da população. Dono de uma tremenda simpatia, consegue mascarar sua mente macabra com discursos que conquistam a massa popular. Sem falar na cachacinha do domingo, com os pescadores: cadeira cativa no porto. Sentindo-se ameaçado, esse homem foi capaz de aterrorizar uma família em pleno reveillón, quando o clima deveria ser de paz. Definitivamente, um homem incapaz de administrar uma cidade como se deve.
O segundo candidato é um ex-prefeito que nada acrescentou à cidade. Talvez até tenha contribuído para o regresso do município. Passou oito anos na prefeitura, usurfruindo do dinheiro do povo; tanto que transformou um casebre num palácio. Mágica? Gatunagem. Ele é um médico, e, surpreendentemente, a saúde da cidade era uma verdadeira vergonha na sua gestão.
Sobre a terceira e última candidata só há uma coisa a se falar: isca. Apesar de ser um nome indiscutivelmente competente, não tem chances de ganhar. A sua simpatia (ou falta de) é conhecida. Sem falar que está entre dois ferozes concorrentes. Mesmo por protesto, acho que não vale a pena ser candidata.
A eleição será marcada pela compra de votos, como sempre acontece. Coisa que eu sempre combati. Falta ideologia naquela cidade. Ninguém vota num candidato porque ele merece, e, sim, porque ele prometeu trazer Chiclete com Banana caso ganhe. As pessoas vendem a democracia, não sabem que têm uma potente arma nas mãos; esqueceram que podem revolucionar o país, se for caso. As notícias de corrupção passam pelo dia-a-dia como uma coisa normal, mas o mínimo de indignação deveria habitar a mente das pessoas. Hoje, agem como se fossem alheias ao país. Como se política fosse coisa para poucos, quando, na verdade, é de todos. Como se o mundo delas fosse outro, um mundo exclusivo longe da pobreza, do analfabetismo e dos políticos inescrupulosos. Pessoas que não aprenderam a viver; que perdem tempo com poucas coisas, enquanto poderiam estar mudando o mundo e usando outro critério para dar o seu símbolo de protesto - o voto - a algum político que mereça, ou que seja menos safado (perdoem o palavreado).

p.s.: Não tenho nada contra os candidatos nem sua família. Apenas expresso a minha opinião a respeito da personalidade POLÍTICA de cada um. E hoje (dia 26 de agosto de 2008, dia que edito essa postagem) já sei em quem votar. E não é nulo/branco. Eu exerço a minha cidadania, e posso expressar minha opinião como componente de um eleitorado e observadora. Obrigada.

3 comentários:

Anônimo disse...

Ta massa viu!
Só falta vc mostrar p o prof de portugues ne?

E ta faltndo outra coisa...
A constituição
kkkkkkkkkkkkkkkkkk

=)

Leidson Germano disse...

O seu palavreado está perdoado,
afinal de contas isso foi eufemismo para a maioria e até elogio para alguns.

Política é um assunto que sempre me deixa revoltado, não só com os políticos, mas principalmente com a população que não está nem ai pra tudo que acontece ao seu redor, como você mesma citou, e agradeço que tenha escrito assim além de passar essa mensagem de concientização adiante agora eu sei que não estou sozinho nesse caminho.

Discussões a parte, você me surpreende a cada publicação, realmente você escreve muito bem.

Seu grande fã, porque o cargo de n• 1 já deve tá ocupado com certeza, um grande beijo.

Unknown disse...

A política. A boa é velha política. Exercer a cidadania não é apenas votar! E sim fazer vale seu voto. Se é que vale a pena votar. Entendo que este modelo de democracia representativa que estamos submetidos não é o melhor. A grande massa da população se acomoda pelo simples fato de ter escolhido um representante. Representante esse que se acomoda pelo simples fato da população ter o escolhido. Ficamos neste jogo de empurra, empurra de responsabilidades. Sem levar em conta o autoritarismo imposto pelo dito representante e blá-blá... Enfim... Opiniões e opiniões... O que vale é a intenção de mudar essa sem-vergonhice! Este texto deve ser lido por mais pessoas...

Abraço
;D