domingo, 19 de outubro de 2008

Nem leiam, se não quiserem.

Posso até ser nova, mas sei muito sobre a dor e aflição, de tão comuns que são para mim. Ainda mais nesse momento de tamanho estresse que sou obrigada a enfrentar. Meus eu-líricos fogem de mim a todo instante. A todo instante aparecem na pequena janela azul e iluminada, que rapidamente se fecha. Quando saio para procurá-los, os vejo correndo na relva, mas evaporam, desaparecem como fantasmas.
Fantasmas. Me atormentam em todos os sonhos. Ando perturbada, sem inspiração e precisando de desabafar com quem for, sejam paredes rosas, amarelas, verdes, ou pretas que absorvem tudo, sejam pessoas dispostas ou não a me ouvir.

É um maldito sentimento. Eu não estou conseguindo conviver comigo mesma, mas não tenho escolha. Eu posso exigir, então, tolerância dos que me rodeiam? Não tenho esse direito. Eu espero que os outros entendam a minha reclusão dentro de mim, dentro do meu quarto que me entende, que me ouve, dentro das minhas músicas, dentro dos meus escritos melancólicos, dentro do meu peito.

Meu peito. Meu peito está vazio.
Isso está desconexo, em forma de símbolo. Símbolo de mim.
Palavras a esmo e sem sentido.

3 comentários:

Unknown disse...

Pois é Juliana, sempre comparo a vida a um livro. Uma histórias separadas por capítulos, alguns logos, outros não... independentes ou não.
Você está prestes a encerrar um desses capítulos, e que capítulo, heim? Não gaste seu tempo com pensamentos tolos, agústias bobas... Fiz muito isso e vi que não valeu apena. Se divirta sem pensar como será o final. Pois uma coisa aprendi: mesmo que não termine como queremos é sempre o melhor.
amovocê ;*

CLARIDÃO disse...

de tanto vazio, é que me sinto cheio!

Rebeca Ribeiro disse...

Me lembrou aquela poesia de Oswaldo Montenegro: "Que o convívio comigo mesmo se torne, ao menos, suportável..."

É isso que eu ando querendo. Pelo menos.