quinta-feira, 1 de maio de 2008

O crime puro da traição

Jéssica esperava ansiosamente o telefonema de Maurício, quando a capainha tocou.
- Maurício! - pensa, enquanto corre para atender - Danado. Sabe que adoro surpresas.
Sim. Foi uma surpresa maior ainda. Jéssica ficou estática diante da descoberta: quem se encontrava em sua frente não era seu namorado, mas o vizinho gostoso.
- Lucas?
Sem proferir uma única palavra, Lucas tomou Jéssica pelo braço, enlaçou sua cintura e amou-a. Jéssica não tinha forças para reagir. Queria aquilo, mas o seu relacionamento com Maurício a impedira. Depois do aniversário de 3 anos de namoro, Maurício esfriava. Não era o mesmo homem do início. E alí, nos braços de Lucas, Jéssica procurava fôlego. Enquanto Lucas a beijava, ela gritava, um grito mudo, que nem mesmo o homem alí presente era capaz de ouvir.
Lucas desenrolava seu vestido, beijava sua boca quente, despia Jéssica com um carinho que ela jamais havia sentido. Maurício a tratava como prostituta na cama. Ela não se sentia como um objeto de amor, e sim como fonte de desejo. Sentia-se como uma qualquer.
Jéssica não conseguia imaginar o que fizera Lucas tomar aquela atitude. Só conseguia sentir aquele momento, aquele profundo prazer misturado com amor, com carícia, com libido, volúpia.
O telefone, então, começou a tocar. Esquecidos do mundo, os dois permaneceram no seu ato, naquele movimento ritmado sem ao menos sair do lugar.
Não sabiam, ao certo, quanto tempo havia se passado. Sabiam apenas que estava bom, que era prazeroso aquilo, e que se desejavam, se sentiam, se afagavam, beliscavam um ao outro, um pensando no outro, um querendo o outro. E se tinham.
Jéssica ouviu um barulho na porta. Sim: Maurício tinha a chave e acabava de chegar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá, moça... Lerei assim que tiver um pouco de tempo. Mas já está na minha lista!

Abraços!

V.D.S. disse...

Olá, "Hortência",
obrigado por visitar meu blog. Os textos são sempre uma fraternidade secreta. Visito-te mais vezes.